sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Esquadrão F.O.R.D. parte 10 - e um pedido de desculpas

A parte 10 do EF
http://www.youtube.com/watch?v=vfFt12C3aTA


Quem está acompanhando o desenho animado, já na sua 10ª parte no youtube, deve ter notado que apesar de ser, ele não possui um ritmo de desenho animado e sim, apresenta um ritmo de filme, mais lento, pesado e tenso.
O Esquadrão F.O.R.D. é uma obra feita para ser exibida inteira, sem os abruptos cortes em capítulos. Eu nunca pensei em dividi-lo assim, o que agora me incomoda.
Acho que todo mundo sabe que um filme é feito depois que se aprova um roteiro, design de personagens, locais e veículos. É feito um storyboard (um preview esboçado) de como se desenvolve o filme. Depois disso, “os” desenhistas trabalham nas cenas que serão montadas, até chegar aos sons e dublagem, musicas e finalização. Um caminho normal e sem problemas (esperam todos) até a distribuição e exibição.
Quando alguém resolve produzir um projeto desse porte, costuma claro, ter um foco. O foco é a exibição, quase sempre acompanhada de fama e fortuna, gloria e premios para todos os envolvidos no trabalho (Isso é o que se espera e o que se costuma prometer visando manter a moral da equipe).
Não poderia ser diferente com o Esquadrão, não é? Poderia sim!
Quando alguém inicia (ainda no roteiro) um trabalho desses, já define seu objetivo e tem em mente o que espera alcançar. (Também é totalmente consciente de suas limitações, sabe que às vezes seria bom contratar outro roteirista para ajudar, ou contratar a melhor equipe premiada de desenhistas, dependendo muito de suas intenções e aonde quer chegar)
Todo mundo sabe disso.
Mas o que ninguém sabe é, como se portar quando não existe no que focar? Uma total falta de objetivo, acompanhado de incríveis doses de divertimento na produção?
Essa irresponsabilidade e despretensão beiram agora perigosamente para alguns, a falta de respeito aos profissionais e ao mercado.
Uma pedra jogada na água, só para ver saltar três vezes acaba ferindo um pobre peixe desavisado.
Então, peço desculpas aos peixes que acertei sem saber.
Repito em todos os capítulos postados do EF: “É uma homenagem a um fã clube de ficção científica dos anos 80 em que eu participava e fazia algumas histórias em quadrinhos.” Só isso. Não é feito para mostrar que desenhos animados podem ser feitos no computador de casa, que qualquer um pode escrever uma história e produzi-la e não, não quero prejudicar os profissionais e o mercado quando disponibilizo de graça um desenho de 1 hora.
Desculpem alguns por eu ter em algum momento passado essa imagem.
Isso serviu para que eu, ao final do projeto e totalmente contra a mão, encontrasse agora um foco.
Se todos os fãs-clubes produzissem seus desenhos animados e filmes, teríamos centenas de universos e personagens. Acredito eu que quantidade faz um mercado, e disponibiliza um material maior para que os milhares de “críticos e especialistas em animação” possam criar uma base do que é a animação brasileira e daí sim, parar de sempre invocar Disney e Pixar (que são sem duvida estrelas a serem seguidas, mas deve-se ter cuidado para não transforma-las em lastros para tudo que é produzido) como comparativos para uma animação sem pretensões de agradar as massas.
(Entenderam alguns, ou preciso fazer um desenho animado explicando?)
O Esquadrão F.O.R.D. foi feito para meia dúzia de pessoas, (que confesso, ainda não atingi e talvez tenha até afastado mais) acabei por despertar a curiosidade de um publico bem maior, agradeço imensamente o interesse de todos e espero que o Esquadrão F.O.R.D. continue agradando e divertindo, apenas isso.

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