Sou um desenhista "alto de data", e todo mundo sabe que um auto-didata é um explorador com visto de turista, se espantando com coisas já descobertas. Isso o torna um péssimo professor, uma vez que desconhece métodos de ensino e avança em doloridos tropeços no escuro caminho de acertos e erros.
Porem, tem a vantagem de não ter limites para aprender. Não existe um diploma e nem fotos de formatura que afirmam que depois de 4 ou 5 anos de estudo voce é finalmente um profissional capacitado. Nunca conheci esse limite da fronteira do aprendizado, que se passou, era só uma construção atrapalhando a paisagem.
Caminho por anos nessa trilha, mas hoje, conheci minha lendaria fronteira.
A fronteira é a humildade, uma pedra que arrastei por todos esses anos profissionais. Olhei tanto para o que viria que esqueci de olhar o que estava me atrasando.
Quando comecei a ser pago para desenhar, escutava o tempo todo do meu primeiro patrão que eu deveria ser humilde. Absorvi o discurso de técnico de futebol de segunda divisão misturado com letra de rap, como uma lei não escrita. Minha ignorancia não permitiu compreender que, quem me dizia isso com tanta sabedoria, confundia humildade com soberba.
Quero deixar claro que não estou atacando a humildade, estou sendo humilde agora, admito que não sabia a diferença entre os vicios e as virtudes.
Se o conselho fosse: Não seja soberbo e egocentrico! Poderia ter feito muito mais do que fiz, poderia ter ganho mais, ter conquistado muito mais espaço e acumulado cargos. Mas não. Tiveram que me dizer:
- Seja humilde!
O estrago já estava feito em minha limitada mente, e ser humilde virou um lastro.
Olhando para esse peso mais de perto, vejo que o carregava quando em determinada ocasião, trabalhando em um singelamente batizado - departamento de novos projetos - riscava ideias para o que seria o lançamento do ano, só para descobrir mais tarde, que não o assinaria. Mas sim, alguem que gritava que era melhor... depois, o projeto voltou para que eu fizesse a arte final, e descobri espantado que a ideia era a minha. E olha, o cara foi pago pela minha ideia.
A humildade era humilhante.
O caminho que segui me apresentou dezenas de casos semelhantes, levou muito tempo para descobrir que a humildade era uma péssima companheira de viagem na profissão de desenhista.
Sou averso a mostrar meu trabalho muito por causa dessa humildade, mas hoje estou a fim de ver o que é que tem do outro lado dessa nova fronteira... passando por cima dela, o caminho continua e é por ai que vou seguir.
Em tempo, resolvi buscar uma outra companhia para a viagem que vira, uma outra frase dita por meu último patrão, porque todos depois dele viraram clientes.
- Faça sempre o melhor que puder!
Porem, tem a vantagem de não ter limites para aprender. Não existe um diploma e nem fotos de formatura que afirmam que depois de 4 ou 5 anos de estudo voce é finalmente um profissional capacitado. Nunca conheci esse limite da fronteira do aprendizado, que se passou, era só uma construção atrapalhando a paisagem.
Caminho por anos nessa trilha, mas hoje, conheci minha lendaria fronteira.
A fronteira é a humildade, uma pedra que arrastei por todos esses anos profissionais. Olhei tanto para o que viria que esqueci de olhar o que estava me atrasando.
Quando comecei a ser pago para desenhar, escutava o tempo todo do meu primeiro patrão que eu deveria ser humilde. Absorvi o discurso de técnico de futebol de segunda divisão misturado com letra de rap, como uma lei não escrita. Minha ignorancia não permitiu compreender que, quem me dizia isso com tanta sabedoria, confundia humildade com soberba.
Quero deixar claro que não estou atacando a humildade, estou sendo humilde agora, admito que não sabia a diferença entre os vicios e as virtudes.
Se o conselho fosse: Não seja soberbo e egocentrico! Poderia ter feito muito mais do que fiz, poderia ter ganho mais, ter conquistado muito mais espaço e acumulado cargos. Mas não. Tiveram que me dizer:
- Seja humilde!
O estrago já estava feito em minha limitada mente, e ser humilde virou um lastro.
Olhando para esse peso mais de perto, vejo que o carregava quando em determinada ocasião, trabalhando em um singelamente batizado - departamento de novos projetos - riscava ideias para o que seria o lançamento do ano, só para descobrir mais tarde, que não o assinaria. Mas sim, alguem que gritava que era melhor... depois, o projeto voltou para que eu fizesse a arte final, e descobri espantado que a ideia era a minha. E olha, o cara foi pago pela minha ideia.
A humildade era humilhante.
O caminho que segui me apresentou dezenas de casos semelhantes, levou muito tempo para descobrir que a humildade era uma péssima companheira de viagem na profissão de desenhista.
Sou averso a mostrar meu trabalho muito por causa dessa humildade, mas hoje estou a fim de ver o que é que tem do outro lado dessa nova fronteira... passando por cima dela, o caminho continua e é por ai que vou seguir.
Em tempo, resolvi buscar uma outra companhia para a viagem que vira, uma outra frase dita por meu último patrão, porque todos depois dele viraram clientes.
- Faça sempre o melhor que puder!
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